Ao conversarmos com pessoas de diferentes idades sobre suas experiências de aprendizado nas escolas, é evidente que as respostas variam significativamente.
A educação é um campo em constante evolução, influenciado por descobertas, tecnologias emergentes e mudanças nos interesses sociais.
Alguns afirmam que a educação atual é inferior, enquanto outros a consideram melhor ou pelo menos equivalente. Essa perspectiva varia, mas, para citar o Dr. Enéas Carneiro em uma entrevista: “É o processo educacional que nos afasta da barbárie.”
Uma sociedade verdadeiramente desenvolvida garante o acesso universal à educação e incentiva seu pleno aproveitamento.
Compreendendo a importância da educação para nosso desenvolvimento individual e coletivo, compartilho agora cinco fatos que você não ouve todos os dias sobre a educação e que muitos desconhecem:
1. O Surgimento da Primeira Escola no Brasil
Raramente nos detemos para pensar nos motivos que moldaram a educação nas escolas. Por que existem escolas jesuítas? Como a igreja influenciou a educação no Brasil?
O nome Padre Manoel da Nóbrega deve soar familiar. Ele foi o primeiro padre jesuíta a chegar ao Brasil.
Em 1550, ele fundou a primeira escola em Salvador, dedicada ao ensino da fé cristã. Seu plano de ensino pioneiro incluía a alfabetização e catequização dos índios. Assim, os primeiros ensinamentos formais no Brasil foram moldados sob a égide da fé cristã, uma influência que perdura até os dias atuais.
2. Quem Pode Ser Professor?
Você já se perguntou sobre a formação dos professores que encontrou ao longo da vida escolar? Desde o primário até o ensino superior, a qualificação dos educadores varia conforme a exigência de cada nível de ensino.
Enquanto qualquer pessoa capaz de transmitir conhecimento pode ser considerada um professor, a habilitação formal requer formação acadêmica específica.
Para lecionar até o quarto ano do ensino fundamental, é necessária a graduação em Licenciatura ou Pedagogia. Existe também o curso de Magistério para o ensino fundamental, e para disciplinas específicas, os professores devem ser formados na área correspondente, além de possuírem licenciatura.
Por motivos óbvios, as instituições de ensino valorizam pós-graduações, mestrados e doutorados para aprimoramento do corpo docente.
3. O Valor do Diploma
O diploma, símbolo da qualificação acadêmica, desempenha um papel significativo em diversas carreiras. Contudo, seu valor vai além do papel, exigindo validação por órgãos reguladores.
Por exemplo, a formação em medicina não garante automaticamente a prática médica; é o conselho de medicina que atesta a competência dos profissionais.
O termo “diploma” tem origem grega, significando “papel dobrado”, hoje conhecido como o “canudo”.
No Brasil, o diploma tem validade nacional somente se o curso for autorizado pelo MEC, assegurando o cumprimento dos requisitos mínimos para a conclusão do curso.
4. Homeschooling: Educação em Casa
Em alguns países, como nos EUA, o homeschooling é uma opção educacional em que os pais assumem a responsabilidade pelo ensino dos filhos em casa.
Embora controverso, especialmente em contextos onde o Estado é obrigado a fornecer educação pública, essa prática reflete as preocupações com a qualidade do ensino, ainda mais considerando as comparações do nosso sistema educacional com os resultados no ranking PISA.
O projeto de lei 3262/19 no Brasil ainda aguarda sanção e estabelece critérios rigorosos para a prática do homeschooling. A discussão sobre a eficácia comparativa entre ensino domiciliar e melhorias no sistema educacional público é pertinente.
5. EAD: Educação a Distância Não é Homeschooling
É importante diferenciar a Educação a Distância (EAD) do homeschooling.
Enquanto este último envolve os pais como principais educadores sem a intervenção direta de professores habilitados, o EAD segue um modelo estruturado, com professores qualificados e instituições reconhecidas pelo MEC.
Além disso, o ensino à distância requer cumprir cargas horárias obrigatórias e há a emissão do DIPLOMA.
Conclusão
A educação é um tema complexo que molda o futuro de nossas sociedades e indivíduos. Devemos constantemente refletir sobre nossos próprios processos educacionais e reconhecer que a aprendizagem é um processo contínuo.
Independentemente das mudanças na forma de ensinar, a busca pelo aprimoramento e pelo conhecimento é constante, impulsionando o progresso tanto individual quanto coletivo.